2016

30/12/2016

O que vem à sua cabeça quando escuta "fim de ano"?





O que vem à sua cabeça quando escuta "fim de ano"? Para a maioria das pessoas, além de "Natal" e "Réveillon", "correria" está no topo da lista. Nestas duas últimas semanas, é comum tentar fazer tudo o que não conseguiu em todos os outros meses. Somado a isso, há os inúmeros amigos secretos, confraternizações, compras, viagens... O resultado, além do estrago nas finanças (olha aí outra fonte de preocupação), é um sentimento constante de atraso e de falta de tempo. Com ele, o cansaço e, em alguns casos, a sensação de fracasso. Assim, está armado o gatilho que pode empurrar às alturas a ansiedade, uma mistura de angústia e preocupação com o que virá – nesse caso, mais 365 dias. Mas dominar esse sentimento antes que ele tire seu sono e seu humor é possível. 
encontre formas de driblar a ansiedade para dar as boas vindas ao Novo Ano de bem com a vida.
1. Entenda a situação.
A ansiedade é uma sensação normal e nem sempre ruim. Ela faz parte do instinto de proteção, pois dispara para deixar o cérebro mais ligado em situações de perigo ou estresse. No fim do ano, quando tem tanto acontecendo – prazos chegando ao fim, festas cheias de emoção, balanços etc – é normal ficar mais estressado e, logo, mais ansioso. "É importante ter consciência de que isso acontece, porque assim a pessoa se 'vacina'", diz o médico e psiquiatra Cyro Masci. Ou seja, tomando consciência do aumento da pressão, fica mais fácil entender que essa fase é passageira e, dessa forma, manter a calma.  
2. Prepare-se: festas de família à vista.
Para boa parte das pessoas, os encontros com a família e amigos não são emocionantes e lindos como nos comerciais de TV. Geralmente, essas reuniões nos obrigam a (re)visitar emoções nem sempre fáceis, como a perda de alguém querido, e também a rever pessoas com quem não nos damos tão bem. "Muitas vezes, a existência desses sentimentos negativos gera ansiedade, por ameaçar a idealização de que o Natal deveria ser um momento de harmonia", explica o psicólogo Artur Scarpato. "A pessoa fica ansiosa por não estar sentindo tudo aquilo que acha que deveria estar sentindo, o que acentua os sentimentos de inadequação – como se ela fosse culpada por não estar tão feliz", completa. Então, aceite seus sentimentos – não há nada de errado em não estar no auge da alegria durante a troca de presentes ou na noite da virada. E evite criar expectativas grandes demais para as festas. Assim, você se abre ao que vier e pode até ser surpreendido positivamente.    
3. Faça uma lista das coisas boas que passaram.
Culturalmente, nos educamos a fazer uma lista de metas ou desejos nessa época. Mas enumerar o que "falta fazer" pode gerar mais ansiedade – de certa forma, você está pensando no que ainda não tem ou não conseguiu. Tente fazer o exercício oposto. Dedique alguns minutos a pensar sobre as conquistas, os planos que deram certo e as surpresas boas de 2013. Depois, anote-as. Colocar no papel é importante, porque organiza o pensamento e não deixa a mente se focar nas experiências ruins. "Só o fato de reconhecer o que recebeu de bom vai aumentar o nível de felicidade", diz Cyro Masci. "Assim, você tira o foco do negativo e ilumina o positivo".
4. Pergunte-se por quê.
Não abre mão da lista de metas para o ano seguinte? Tudo bem. Mas busque fazer isso de maneira mais profunda. Entenda bem as suas metas. Um exemplo: você coloca na lista "ganhar mais dinheiro". Qual a razão desse desejo? "Para viajar mais". Por quê? "Para ampliar os horizontes." Pronto, chegou ao ponto. Analise outras possibilidades. Será que fazer um novo curso não terá o mesmo efeito?  "É preciso entender o motivo por trás de cada desejo. Dessa forma, você vê o que é necessário mudar na sua vida de verdade", diz Cyro. Sabendo bem o que quer, você diminui a própria inquietação, um dos alimentos da ansiedade.
5. Foco no presente.
Não só naqueles que vai colocar embaixo da árvore. Se pensar no que estar por vir deixa você preocupado, busque se concentrar no agora. Toda vez que estiver fazendo projeções, olhe em volta, pense somente no que quer realizar ou fazer neste momento, hoje. "Deixe o futuro para lá um pouco. Apesar de podermos fazer planos, nunca sabemos com certeza o que vai acontecer", diz o terapeuta cognitivo-comportamental Bernard Pimentel Rangé, autor de "Vencendo o Pânico" (ed. Cognitiva). E acredite: tudo tende a dar certo. "As pessoas com esse tipo de preocupação sempre acham que algo ruim vai acontecer e que não saberão lidar com aquilo. Mas as coisas, em geral, funcionam", diz Bernard.
6. É apenas uma data.
A vida não tem que mudar de repente porque estamos em um determinado dia. "É uma data como outra qualquer. Nós é que criamos essa ideia de que a partir daí tudo deve mudar", diz o psicólogo Cyro Masci. "Poderíamos comemorar um reinício de vida a cada seis meses, por exemplo", completa. Toda transformação é resultado de um processo. Ter isso em mente ajuda a tirar o peso do fim do ano e alivia a sensação de acúmulo de tarefas e a frustração por não ter cumprido todos os objetivos traçados antes. Eles ainda podem ser realizados.
7. Pare. Respire. Medite.
A pressa deixa a respiração acelerada, muitas vezes, sem nem percebermos. Quando se sentir tomado pela ansiedade, inspire e expire lentamente até se sentir mais calmo. Esse exercício oxigena o cérebro e, além de te desacelerar, também ajuda a pensar melhor. Na mesma linha, os especialistas recomendam a meditação, pois a prática fortalece a capacidade de regular emoções.
8. Faça o que gosta.
Sabe aquelas atividades que fazem você esquecer as urgências, os problemas, a vida? Se não sabe, hora de descobrir. Por exemplo: nadar, andar ou correr no parque, dançar, fazer algum tipo de artesanato... Não abra mão delas. Reserve um tempo toda semana para dedicar a um hobby ou ao lazer. "A vida tem ficado muito no universo profissional. As pessoas precisam lembrar que têm amigos, família e lazer", alerta a médica homeopata Aurea Pascalicchio. E invista também nos mecanismos que ajudam a escapar daquilo que provoca a ansiedade, como o estresse. "São atitudes como mudar o horário de chegada no trabalho para pegar menos trânsito. Ou resolver um conflito que vem adiando", diz Aurea.
9. Cuide da alimentação.
Reforce sua dieta com alimentos com triptofano, o aminoácido que ajuda na formação da serotonina, que é o neurotransmissor da sensação de relaxamento, inimigo do estresse. Alguns deles são: grãos, biscoitos e massas integrais, queijo, leite, castanha de caju, amêndoas, nozes, feijão, ervilha e frutas como banana, melancia, melão e abacate. Ah, e chocolate também! Especialmente aqueles do tipo meio amargo.
10. Faça o bem.
Ser generoso e se envolver com atividades voluntárias aumenta a satisfação pessoal e a autoestima. Isso deixa você mais feliz e, logo, alivia a ansiedade. Da mesma forma, faz muito bem abraçar quem você gosta. Uma pesquisa feita na University of Vienna, na Áustria, divulgada no início de 2013, mostrou que o abraço de uma pessoa querida provoca a liberação de oxitocina, o hormônio do amor, o que reduz o estresse, o medo e a ansiedade. "São coisas simples que fazem toda a diferença", diz Aurea.


Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/12/16/10-dicas-para-dominar-a-ansiedade-de-fim-de-ano.htm


23/12/2016

Hiperventilação ou respiração acelerada - Entenda o que é aprenda a controlar



Hiperventilação significa excesso de respiração, causada pela respiração mais rápida do que o necessário. Dessa forma, o equilíbrio de dióxido de carbono e oxigênio é perturbado. A hiperventilação ocorre muito nos ataques de pânico, porque a pessoa começa a respirar mais rápida e superficialmente e isso faz com que se ingira mais dióxido de carbono do que o corpo produz, mantendo assim o nível de dióxido de carbono na corrente sanguínea muito baixa. Sem o dióxido de carbono suficiente para manter o equilíbrio ácido / base do corpo, o sangue torna-se demasiado alcalino, uma condição conhecida como "alcalose". A alcalose causa a constrição das artérias. O resultado é a restrição do fluxo sanguíneo, principalmente para o cérebro. Embora o sangue contenha uma abundância de oxigênio, a alcalose também impede a transferência essencial de oxigênio do sangue para o cérebro, músculos e órgãos, como tem sido freqüentemente verificado em vítimas de ataque de pânico que passaram para a sala de emergência. Isso é conhecido como "Efeito de Bohr".. Sob essas circunstâncias, o oxigênio disponível para o cérebro é reduzido drasticamente. No início a sua visão começa a embaçar. E os sintomas típicos são tonturas, enjoo, ansiedade e agitação. A pessoa pode vir a sentir vontade de chorar, e se sente fraca e confusa. Como o quadro se agrava, o cérebro fica mais confuso e envia mensagens erradas. Uma mensagem de erro é enviada: a necessidade de respirar mais profundamente, o que agrava ainda mais o problema. O coração acelera, as pupilas dilatam, partes do rosto como mãos e pés tornam-se frias ou dormentes, há tremores e ocorrência de suor frio. A dor no peito pode estar presente. Isso geralmente é relacionado à respiração torácica e espasmos musculares na parede do tórax. Outro sintoma diretamente decorrente é formigamento nos dedos das mãos e dos pés. Um sinal claro de hiperventilação. A dormência é um sintoma que é difícil de se acostumar, porque leva as pessoas a achar que terão um derrame, o que piora ainda mais a situação. A hiperventilação não é uma condição médica séria. No entanto, as sensações são extremamente desagradáveis e assustadoras.


  • Aprenda exercícios que ajudem a relaxar e respirar com o diafragma e abdômen, ao invés de sua parede torácica. (respiração diafragmática)
  • Respirar com os lábios franzinos ou cobrindo a boca e tentar respirar pela narina. Com a boca coberta, feche uma narina e respire pela outra, depois alterne e faça o mesmo. Realize isso até sua respiração normalizar.
  • Junte as mãos em forma de concha e respire dentro
  • A prática  de relaxamento, meditação e yoga  são algumas alternativas que ajudam muito.
  • Fale com seu médico.

13/12/2016

Mais triste do que passar o Natal sozinho, é passar ao lado de quem não nos trata bem





Com a proximidade da virada do ano, todos ainda estão correndo, sejam com as compras que faltam para o preparo da comida, os enfeites para a casa, a mesa, as roupas. São festas, preparativos para viagens... Enfim, não há tempo para nada, com o objetivo que tudo esteja devidamente pronto para as comemorações. São preocupações até gostosas de se ter.
Pior abandono é aquele que fazemos a nós
Sim, essa é uma realidade comum nesses dias; mas não podemos nos esquecer que nem todos estão com toda essa vontade de comemorar, muitas pessoas se encontram sozinhas nesse momento, por opção ou não, mas estão tristes, querendo mais é dormir e acordar só dia 2 de janeiro. Há pessoas internadas ou com familiares em hospitais, doentes em casa, outros que acabaram de perder pessoas amadas e queridas e que nessa época do ano parece que todas as dores se acentuam. E quando a dor emocional fica intensa, a tensão aumenta e assim aumentam também as dores físicas. E tudo que menos se deseja é comemorar, pois quando não estamos bem, parece que ver alguém rindo, brincando, é uma afronta diante de toda nossa tristeza.
Quando não se tem uma família por perto, estando distante, sejam por conflitos familiares, brigas antigas, ou quando já faleceu alguém muito amado, parece que falta algo, um vazio difícil de ser preenchido e mais difícil ainda é ter o desejo de comemorar. Afinal, comemorar o quê? Alguns ainda têm amigos, mas também nem sempre há o desejo de estar ao lado deles, pois muitas vezes nos sentimos um pouco rejeitados por não fazer parte da família. Seja qual for seu sentimento no momento, deve ser respeitado por todos e principalmente por você mesmo.
Mais triste do que passar o Natal sozinho, é passar ao lado de quem não nos trata bem ou com quem não temos muito vínculo, mas essa é uma decisão muito pessoal e que muitas pessoas não conseguem aceitar facilmente, vindo sempre com algum tipo de julgamento ou condenação: "Onde já se viu ficar sozinho..." Ou ainda: "Eu vou te buscar e virá junto comigo nem se for arrastado..."
Você já ouviu frases assim? Quanta falta de respeito, não? Mas o ser humano é assim, tudo que for diferente do que para ele é o certo, está errado. Difícil compreender tal raciocínio. Mas o que importa mesmo, estando só ou não, é aproveitar esse período que é propício para a reflexão, e entrar em 
contato com seus sentimentos, objetivos, comprometendo-se consigo mesmo que irá buscar aquilo que mais deseja, por mais que esteja passando por um momento de dificuldades.
O que você mais deseja nesse momento? Um novo trabalho? Um novo amor? Paz? Discernimento? Seja o que for que esteja precisando, com certeza o universo pode lhe proporcionar, mas para isso é necessário que primeiro você acredite que é merecedor de receber, ter consciência que só conseguirá dar e receber amor, quando tiver amor por si mesmo.
Só conseguirá um trabalho onde realmente irão reconhecer seu valor, quando você mesmo acreditar em seu valor e em sua capacidade, o que nem sempre é fácil para quem só teve ao lado pessoas críticas, onde tudo que fazia, falava, pensava e sentia, era errado. Mas você pode se libertar desse passado. Encare-o de frente, se quiser, escreva tudo pelo que passou e principalmente, tudo que sentiu. Isso poderá aos poucos ajudá-lo a organizar sua mente e seus sentimentos e aprove-se mais, independente das outras pessoas.
Devemos é resgatar nossos sonhos, não esperando que apareça um salvador, mas acreditando que cada um de nós é capaz de vencer, de viver, de ser feliz pelo o que se é e não pelo que se tem nem pelo que esperam que sejamos.
Caso fique sozinho nessa passagem de ano, não fique triste, lembre-se que seu caminho só pode ser trilhado por você mesmo, ninguém poderá dar os passos por você e o sabor da vitória também será só seu! E nesse momento, substitua a tristeza pela alegria, a saudade pelas boas lembranças, o comodismo pela mudança, os maus tratos pelo cuidado, a agressividade pelo carinho, as lágrimas pelo sorriso, a descrença pela fé e esperança, as brigas pela união, a culpa pelo perdão, o ódio pelo amor.
E permita que esses sentimentos positivos perdurem em todos os dias do próximo ano.
.Assim, não só coloque, mas sinta paz em seu coração e por mais que se sinta abandonado, lembre-se que o pior abandono é aquele que fazemos a nós mesmos! 

Texto Rosemeire Zago (psicóloga)

06/12/2016

Doença psíquica: a dor da alma




O que dizer a alguém tão curvado sob o peso de tantos medos; tão fragilizado com o pesado fardo da insegurança; tão assustado com o horrendo fantasma do pânico; tão desesperado diante da incerteza de uma solução?...
O que fazer, quando no vigor dos anos, se deixa de sorrir e de sonhar; quando o sorriso dá lugar ao pranto; quando todos os medos afloram e adquirem um tamanho desproporcional; quando a simples arte de viver torna-se algo tão difícil de realizar?...
É possível que, nunca tendo se sentido assim, a gente chegue até mesmo a aconselhar:
"tire umas férias; faça uma viagem; tente relaxar; vá ao cinema; vá ao teatro; vá bater pernas, olhar vitrines, vá passear..." Outros, menos sensíveis, talvez usem frases como estas: "deixe de bobagem; isso é tolice; você é tão jovem; não existe razão para você se sentir assim; isso é frescura; isso é chilique; é falta do que fazer; é doença de gente chique... pobre não pode se dar o luxo de ter estresse... não tem tempo para sentir "essas coisas", nem dinheiro para pagar psicólogo... terapia é fricote de quem é rico..." Não faltará com certeza gente para receitar: "tome água com açúcar; coma bastante alface; maracujá é calmante; antes de dormir tome um chá: camomila, cidreira, capim santo, flor de laranjeira, maçã com canela... você vai melhorar..."
E aquela pessoa sentindo-se tão triste, tão assustada, tão desarmada, tão humilhada, tão indefesa, tão infeliz... Ouve em silêncio, baixa a cabeça, fica perdida, sem direção; a voz embarga, a lágrima rola, não se controla, nada conforta, não tem palavras, nada diz. Chora seu pranto, sozinha em seu canto, sentindo na pele a mais profunda frustração. Ninguém a entende; todos opinam os mais religiosos sugerem orações. Nada dá certo; o mal continua; o medo aumenta; o pânico se instala; o desespero a invade e a torna incapaz. Incapaz de sorrir, de sonhar, de viver... Incapaz de sair, de trabalhar e até de crer.
Não sabe o que tem... Mas, sabe que tem. Tem consciência dos seus medos, mas não os controla. Percebe o que sente e embora desconheça a sua razão, sente tudo o que diz. Tem uma ferida que dói escondida no fundo da alma, que ninguém pode ver nem pode tocar. Só sabe quem sente... Só sente quem tem... Não merece crédito... Não comove as pessoas... É pura frescura... Não dói em ninguém.
É assim a doença emocional... Não mostra sangue. Não é palpável. Os exames clínicos não detectam; as sofisticadas máquinas de tomografia e ressonância magnética não registram; a maioria das pessoas ignora; boa parte dos médicos não valoriza... mas, nem por isso é menos dolorosa. A dor da alma é tão forte e provoca tanto sofrimento quanto à dor do corpo e ainda é dilatada pelo preconceito dos menos informados, muitos dos quais dentro da própria família. É importante se conscientizar de que a doença emocional – como toda doença – merece respeito e tratamento digno e adequado, com profissionais competentes e especializados. Convém ressaltar, que em se tratando de "doença democrática" que não escolhe sexo, idade, classe social, credo ou profissão, qualquer pessoa, até mesmo médico e psicólogo, pode ser acometida pela doença psíquica.
Para finalizar fica uma palavra amiga aos pacientes com depressão, transtorno do pânico, demais transtornos de ansiedade e do humor, de quem viveu a doença na sua forma mais intensa: "Jamais se deixem abater pela descrença porque a cura é possível e viver ainda é e sempre será o bem maior. Existirão momentos de incerteza e desânimo ao longo do tratamento, mas o importante é vencê-los e manter-se firme na medicação e na psicoterapia, porque lutar vale a pena e a cura é a maior conquista ."
(Por Socorro Capiberibe – sócia fundadora e presidente da AMPARE – 18 anos de transtorno do pânico – atualmente há 10 anos sem crises. O texto foi retirado do livro de sua autoria: O fantasma do pânico ou o fundo do poço: como esquecer?


02/12/2016

12 Sinais de que você sofre do Transtorno de Ansiedade



Desenho: https://www.facebook.com/artofarthurprimasi/?fref=ts
O medo de falar em público, fazer uma entrevista de emprego, participar de uma reunião importante, conferir o resultado de uma prova, pedir um aumento para seu chefe. Todas essas situações normalmente geram certo nervosismo para quem está em vias de passar por elas.
A ansiedade é um termo genérico para várias doenças que causam nervosismo, medo, apreensão e preocupação. Esses distúrbios afetam o modo como nos sentimos e nos comportamos, e são capazes de se manifestar em sintomas físicos reais. A ansiedade leve é vaga e inquietante, mas, o indivíduo pode ter o controle do problema e conviver tranquilamente com o mal. Quando a ansiedade se transforma em severa, é capaz de debilitar o indivíduo, proporcionando sérios impactos negativos sobre sua vida cotidiana, limitando ou impedindo as suas escolhas. Ela se tornou tão comum nas novas gerações que já é considerada o mal do século, superando inclusive a depressão. Quer descobrir se a sua ansiedade cruzou a linha da normalidade e se transformou em um transtorno? Confira os principais sinais de quem sofre do problema. Se você apresenta mais de um deles, se os sintomas atormentam diariamente sua vida e suas ações, fique alerta e procure ajuda, pois você pode sofrer do mal!

1- PREOCUPAÇÃO EXCESSIVA

Uma marca registrada da ansiedade é uma preocupação excessiva sobre coisas cotidianas, tanto grandes como pequenas. Mas, como descobrir se ela é excessiva? Se você tem pensamentos persistentes na maioria dos dias, durante meses sobre a mesma coisa. Além disso, a ansiedade deve ser tão ruim que ela acaba interferindo na sua vida diária e é acompanhada por sintomas perceptíveis, tais como fadiga. “A distinção entre um transtorno de ansiedade e apenas ter ansiedade normal é se suas emoções estão causando muito sofrimento e disfunção”, diz Sally Winston, PsyD, co-diretor do Transtorno de ansiedade e estresse do Instituto de Maryland em Towson.

2- PROBLEMAS COM SONO

Dificuldade em adormecer ou manter o sono está associada com uma diversidade de problemas de saúde, tanto físicos como psicológicos. Sim, é completamente normal nas noites que antecedem uma apresentação importante, ou mesmo uma grande entrevista de emprego você demorar a pegar no sono. Mas se você se encontrar com freqüência deitado e acordado, preocupado ou problemas específicos (como falta de dinheiro) ou nenhum que você consiga visualizar, pode ser um sinal de um transtorno de ansiedade. Segundo algumas estimativas, metade das pessoas com transtornos de ansiedade têm sérios problemas para dormir. Outro sinal de que a ansiedade pode estar na sua vida e acordar repentinamente algumas vezes, nervoso, sua mente acelerada, e você sendo incapaz de se acalmar.

3- MEDOS IRRACIONAIS

Alguns tipos de ansiedade estão ligados a situações específicas, como voar, animais ou multidões. Se o medo se torna perturbador e fora de forma proporcional ao risco real envolvido, é um sinal revelador de fobia, um tipo de transtorno de ansiedade. Embora fobias possam incapacitar pessoas, nem sempre são óbvias em todos os momentos. Elas não podem vir à tona até que você enfrente uma situação específica e descubra que você é incapaz de superar o seu medo. “Uma pessoa que tem medo de cobras pode passar anos sem saber. Mas, de repente, seu filho quer ir acampar e ela percebe que precisa de tratamento”, aponta Winston.

4- TENSÃO MUSCULAR

Tensão muscular constante, como apertar sua mandíbula, cerrar os punhos, os flexionar músculos por todo o corpo, repetidamente. São sintomas que acontecem de maneira tão persistente para quem tem o mal que ela simplesmente pode parar de perceber com o tempo. Exercícios regulares ajudam a manter a tensão muscular sob controle.

 5- PERFECCIONISMO

O comportamento perfeccionista anda de mãos dadas com transtornos de ansiedade. “Se você está se julgando constantemente ou tem ansiedade antecipatória sobre cometer erros ou ficar aquém dos seus padrões, então você provavelmente tem um transtorno de ansiedade”, aponta Winston. Perfeccionismo é especialmente comum no transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), que é visto como um transtorno de ansiedade.

6- O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO

A maioria das pessoas sente aquele incômodo (o famoso friozinho na barriga) antes de abordar um grupo de pessoas ou estar no centro das atenções. Mas se o medo é tão forte que nenhuma quantidade de treinamento ou prática vai aliviá-lo, ou se você gastar muito tempo pensando e se preocupando com isso, você pode ter uma forma de transtorno de ansiedade social (também conhecido como fobia social). As pessoas com ansiedade social tendem a se preocupar por dias ou semanas que antecederam a um determinado evento ou situação. E se elas conseguem passar por ele, tende a ser extremamente desconfortável e traumático.

7- O TRAUMA DE SER OLHADO

Transtorno de ansiedade social nem sempre envolve falar para uma multidão ou ser o centro das atenções. Na maioria dos casos, a ansiedade é provocada por situações cotidianas como conversa cara-a-cara com uma pessoa em uma festa, abordar o sexo oposto, ou comer e beber na frente do mesmo um pequeno número de pessoas. Nestas situações, as pessoas com transtorno de ansiedade social tendem a se sentir que todos os olhos estão sobre eles, ocasionando vergonha, tremor, náuseas, suor excessivo, dificuldade em falar. Estes sintomas podem ser tão perturbadores que se torna difícil conhecer novas pessoas, manter relacionamentos, e avançar no trabalho ou na escola.

8- PÂNICO

Os ataques de pânico podem se transformar em algo aterrorizante. Você sente uma súbita sensação de medo e impotência tomar conta do seu corpo por minutos, a ponto de comprometer sua respiração, acelerar os batimentos cardíacos, formigamento nas mãos, suor excessivo, fraqueza, tonturas, dores no peito e no estômago, sensação de calor ou frio. Nem todo mundo que tem um ataque de pânico tem um transtorno de ansiedade, mas as pessoas que os experimentam repetidamente podem ser diagnosticados com transtorno do pânico. Pessoas com transtorno do pânico vivem com medo sobre quando, onde e por que seu próximo ataque pode acontecer. Eles tendem a evitar situações e lugares onde os ataques já ocorreram.

 9- FLASHBACKS

Reviver um evento traumático, a morte súbita de um ente querido pode ser uma característica marcante do transtorno de estresse pós-traumático, que compartilha algumas características com transtornos de ansiedade. Mas, os flashbacks podem ocorrer com outros tipos de ansiedade. Algumas pesquisas, incluindo um estudo de 2006 no Jornal de Transtornos de Ansiedade, sugerem que algumas pessoas com ansiedade social têm flashbacks de experiências que podem não parecer obviamente traumática, como ser ridicularizado publicamente.

10- INDIGESTÃO CRÔNICA

A ansiedade começa na mente, mas o corpo pode manifestar sintomas físicos claros, como problemas digestivos crônicos. Entre eles, dores de estômago, cólicas, inchaço, gases, prisão de ventre, diarreia. É basicamente a manifestação da ansiedade no aparelho digestivo. Nem sempre estes sintomas estão relacionados com a ansiedade, mas os dois ocorrem freqüentemente em conjunto e podem fazer um grande estrago. O intestino é muito sensível ao estresse psicológico e o desconforto físico e social dos problemas digestivos crônicos pode fazer uma pessoa se sentir mais ansiosa.

11- COMPORTAMENTOS COMPULSIVOS

Estes comportamentos podem ser tanto mentais (como repetir coisas para si mesmo) ou física (lavar as mãos, ajeitar itens). Pensamento obsessivo e comportamento compulsivo se tornar um transtorno quando a necessidade de completar os comportamentos, também conhecido como “rituais”, começam a conduzir sua vida. “Se você gosta de seu rádio com o nível do volume três, por exemplo, e ele quebra e fica preso em quatro, você ficaria em um pânico total de até que o conserte”, revela Winston.

12- DÚVIDAS E INSEGURANÇAS

Persistente insegurança e dúvida é uma característica comum aos transtornos de ansiedade, incluindo transtorno de ansiedade generalizada e transtorno obsessivo-compulsivo. Em alguns casos, a dúvida pode girar em torno de questões fundamentais para a identidade de uma pessoa. Esses “ataques de dúvida” são especialmente comum quando uma questão é irrespondível. Como a incerteza é grande nestes momentos, essa intolerância acaba se transformando em uma obsessão.


Fonte: http://manualdohomemmoderno.com.br/
Fonte: Health

22/11/2016

Resposta do corpo em situações de "perigo"




Precisamos entender que os sintomas físicos que sentimos é ativado justamente para lidar com o “perigo” que supostamente nosso cérebro interpreta e quanto mais fixamos nesses sintomas, mais aumenta nossa ansiedade. O corpo apenas responde ao falso alarme desse perigo.

ATENÇÃO: só leia esse detalhamento dos sintomas do pânico depois de ter compreendido que a ansiedade não é perigosa e que todos os sintomas estão relacionados à sobrevivência do organismo em casos de perigo real.

Respiração rápida e coração acelerado 
O corpo quer garantir o adequado suprimento de sangue e oxigênio para os principais músculos entrarem em ação diante do perigo.

Sudorese 
O  enfrentamento  do  suposto  perigo  eleva  a  temperatura  corpórea,  sendo  o  suor  o  mecanismo  de resfriamento para evitar o superaquecimento. 

Náusea ou desarranjo estomacal 
Para  enfrentar  o  perigo,  o  corpo  desativa  sistemas  e  processos  desnecessários,  direcionando  todas  suas energias  para  as  funções  essenciais  a  sobrevivência  (você  não  precisa  digerir  o  almoço  para  fugir  de  um  leão faminto!). Em muitas pessoas, ocorrem alterações na mobilidade estomacal, gerando sensações de desarranjo. 

Dormência e formigamento 
Existem  duas fontes:
 1) hiperventilação, exagero ao tentar respirar mais rapidamente  para  preparar-se para as reações de luta e fuga.
 2) arrepio dos pelos, que aumentam a sensitividade da pele, favorecendo uma rápida reação  diante  de  toque  ou  movimento.  Contudo,  essa  reação  dos  folículos  capilares  pode  causar  uma  sensação estranha na pele. 


Tontura 
Durante  a  hiperventilação,  certas  áreas  do  corpo  recebem  maior  aporte  de  oxigênio  do  que  outras,  e  o cérebro  é  uma  das áreas  que recebe  menos  oxigênio. Essa  reação  inofensiva  e  transitória pode  causar  tonturas, distúrbios visuais ou sensações de desrealização. 

Aperto ou dor no peito 
É o resultado de uma tensão muscular global. A tensão muscular tem por objetivo preparar o corpo enfrentar o perigo.

Desrealização ou ofuscamento da visão 
Ocorre  quando  o  ambiente  parece  mais  brilhoso  ou  turvo  (algumas  pessoas  relatam  que  é  como  se estivessem vendo as coisas com um plástico na frente dos olhos). É um efeito da dilatação da pupila, que tem por objetivo fazer com que mais luz entre nos olhos, favorecendo a detecção de ameaças no ambiente. 

Sensação de asfixia ou engasgo 
Duas são as fontes para a sensação de asfixia ou engasgo:
 1) tensão muscular aumentada, que afeta também a musculatura ao redor do pescoço e esôfago.
 2) respiração acelerada, de modo que a rápida entrada e saída de ar resseca a garganta. 

Sensação de peso nas pernas 
Como as pernas são as partes mais importantes do corpo para as resposta de fuga, nada mais natural que os músculos dessa área estejam especialmente tensionados como forma de prepararem-se para ação. 

Calafrios / Ondas de frio e calor 
Os  calafrios  e/ou  ondas  de  frio  e  calor  advém  de  duas  reações  que  ocorrem  simultaneamente: 
Transpiração aumentada da pele e constrição dos vasos sanguíneos das camadas mais superficiais da pele. 
 
 

                                                  
 Baseada em Otto, M. W., & Pollack, M. H.  Stopping anxiety medication workbook. New York: Oxford University Press. 

17/11/2016

Medo de tomar remédio



A maioria das pessoas com transtorno de ansiedade e pânico tem muito medo de tomar remédios e eu também me encaixo nesta lista. 
Sempre que tenho que tomar algum medicamento, que eu nunca tenha tomado antes eu percebo que minha ansiedade aumenta, mesmo se for um simples analgésico.
Infelizmente, e ao contrário do que muitos pensam, desenvolvemos inúmeras fobias e a farmacofobia (medo de tomar remédios) é mais uma delas,além de todos os sintomas que sentimos. Outro problema muito comum é: O preconceito em relação aos medicamentos controlados, os de tarjas vermelhas e tarjas pretas, que normalmente são usados no tratamento dos transtornos ansiosos, assim como, consultarem um psiquiatra ou psicólogo, o que pode dificultar o tratamento adequado.
Observo que a primeira preocupação é saber se alguém já tomou tal medicamento e como foi o resultado. Não faça isso! Cada organismo reage de uma maneira e o que pode ser bom para um, pode não ser para outro, por isso é importante não fazer essa comparação, é preciso sentir confiança no profissional que esta acompanhando seu tratamento.
Outro fato muito comum é ler a bula do remédio e ter medo de tomar. Qualquer bula é assustadora, qualquer remédio vendido sem prescrição medica tem inúmeros efeitos colaterais. O transtorno de pânico na maioria das pessoas é acompanhado de depressão e o tratamento é fundamental para o equilíbrio emocional e para que não se desenvolva outras doenças relacionadas à ansiedade.
Importante: Antidepressivo não vicia. Os resultados não são imediatos. Nunca interrompa seu tratamento sem conhecimento do seu médico. Tire todas suas dúvidas com seu médico no momento da consulta.
Quero ressaltar que a medicina tradicional não é a única maneira de tratar os transtornos de ansiedade. Muitas pessoas optam por tratamentos alternativos e alguns por nenhum tipo de tratamento.

12/11/2016

Maioria dos medos é fruto da imaginação.




Para começar a vencer os medos do cotidiano, é necessário o autoconhecimento. Precisamos aprender a discernir duas coisas: quando o medo representa uma emoção positiva, nos dizendo que é preciso nos proteger, e quando ele é o sintoma de emoções negativas como ansiedade, apego, insegurança, raiva, que nos tiram do equilíbrio.
O medo é um hábito de autosugestão, uma energia que aplicamos de maneira errada. Ele vem da interrupção da racionalização. Geralmente ao ter medo ou em situações de perigo, tomamos atitudes erradas porque reagimos ao que pensamos, em vez de agirmos de acordo com a realidade dos fatos.
Precisamos aprender a ver a realidade em si mesma e não como a fantasiamos. É importante diferenciar problemas reais dos problemas imaginários. E, eliminá-los, compreendendo que são pura perda de tempo e que ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.
Os problemas imaginários não têm solução porque não existem. Eles existem somente na mente iludida que pensa e duvida muitas vezes se preocupando sem necessidade. Essa mente negativa inventa, cria e constrói coisas que não podemos tocar na realidade e assim, nos faz viver no mundo de construção imaginária.
Se você estiver com medo, pare de se julgar ou se culpar. Acolha o que estiver sentindo e busque primeiro atender suas necessidades mais imediatas como recuperar sua respiração calma, ir ao banheiro, chorar, andar um pouco ou dormir. Depois, racionalize seus medos na luz do discernimento e, comece a enfrentar as situações de medo, pouco a pouco, no seu dia-a-dia.
Não se diminua ou se sinta inferior porque tem medo. O medo é natural do ser humano.
Na hora do nascimento, a criança é empurrada para o mundo e sente medo de vir para o desconhecido, para a luz, para o barulho.
No momento em que nascemos nosso sentimento de desamparo e medo do mundo nasceram também. Vieram conosco medos muito antigos e nossos sentimentos limitados a respeito de nós mesmos.
Marcas profundas
Algumas pessoas alimentam esses medos que vão aumentando e, se não enfrentarem isso, eles vão se enraizando formando vrittis (palavra em sânscrito que significa marcas profundas). Essas marcas profundas na mente criam como uma prisão interna que gera muito sofrimento, desânimo e frustração.
Existe um medo vicioso que é produto da dúvida e da desconfiança. Existe o medo da perda devido ao apego às posses, às pessoas, ao status, ao emprego e até aos animais de estimação.
Para eliminar a inquietação e dor desses medos, precisamos refletir sobre a impermanência da vida. Tudo é transitório e tudo passa. Nada nos pertence. E, a ignorância dessa verdade tão óbvia, gera muita dor desnecessária.
Os medos se escondem em cantos escuros da mente. Têm muitos matizes e conotações diversas. Às vezes, eles surgem de pressentimentos negativos e distorcidos. Ou são desculpas para não se enfrentar um desafio novo, porque, camuflada no medo, está a preguiça de não querer se esforçar. Está escondido lá o comodismo de não querer aprender coisas novas ou fazer as mudanças necessárias.
Examine quais são os disfarces diferentes que o medo tem dentro de você.
Racionalize o medo
Por exemplo, se tem medo de elevador, de andar de metrô, de dirigir carro, ou qualquer outro medo limitante, procure racionalizar isso. E, aos poucos, enfrente esse medo imaginário. Se seu coração disparar, diga para seu corpo e sua mente que você não corre perigo algum. Não vai faltar ar, nem você vai se sentir mal. É apenas uma reação do corpo e da mente, preparando você para fuga ou luta como se fosse você enfrentar um leão. Mas, de fato, você não está correndo nenhum perigo e o leão existe apenas dentro de sua mente.
Entenda isso: só você pode destruir esse leão imaginário. Só você pode tirar de sua mente essa fantasia e falar internamente com seu corpo e sua mente que está tudo bem, que é apenas uma imaginação.
Compreenda que o problema não está no objeto temido, e sim na alimentação desse medo imaginário. Somente você pode escolher o que pensar e optar por matar esse medo por inanição.
Pare de pensar tanto em seus medos, viva mais o momento presente. Perceba quando sua mente começa a imaginar acontecimentos negativos relacionados com seus medos e, imediatamente, corte na raiz esses pensamentos.
É necessária muita determinação para superá-los, pois você os tem alimentado há algum tempo. Decida que merece sentir liberdade dentro de si mesmo.
Insista em purificar seus pensamentos. Fique atento e observe quando começa aquelas ordens mentais negativas, dizendo que você não vai conseguir, que algo ruim vai acontecer ou vai ter medo. Não acredite nessas ordens porque não são verdadeiras.
Muitas pessoas desistem de enfrentá-los porque tem medo de sentir medo e toda a sensação desagradável que o medo produz. Porém, precisam saber que quanto mais evitam o medo, mais ele se torna maior criando uma prisão interna muito forte que paralisa e tira a alegria de viver.
Você pode vencer seus medos e dúvidas, se assim decidir. Aceite seus limites, mas não acredite nessa mente negativa. Diga não a essa pressão interna.

Texto: Emilce Shrividya Starling

11/11/2016

13 coisas para se lembrar se você ama uma pessoa com problemas de ansiedade e transtorno de pânico



Dizemos que a ansiedade é adoecedora quando ela atrapalha a rotina e as relações sociais de uma pessoa de maneira frequente e significativa como, por exemplo, se a pessoa deixa de fazer coisas de que gostava muito, porque se perde com os planejamentos ou mesmo com pensamentos deturpados sobre possíveis acontecimentos tentando prevenir o futuro de maneira exagerada e podendo chegar até a paralisação por imaginar possibilidades trágicas. Quando as coisas chegam a esse ponto, é necessária, inclusive, a intervenção de profissionais especializados como psicólogos e/ou psiquiatras.
Abaixo, uma tradução adaptada de um texto bastante relevante sobre maneiras de lidar com pessoas amadas que sofrem de ansiedade. Vale conferir.
13 coisas para se lembrar se você ama uma pessoa com problemas de ansiedade
Por Jake MacSpirit
Lidar com a ansiedade é algo realmente difícil, você não acha? E essa dificuldade não acontece apenas com as pessoas que a possuem em uma quantidade exagerada, mas para todos os que convivem com ela.
Conviver com extremos é emocionalmente desgastante para todos os envolvidos e, quem está física e emocionalmente ligado a uma pessoa muito ansiosa, com certeza terá muito de sua atenção e energia desviadas para as demandas criadas por antecipação.
Mudanças de planos, evitações em diversas situações, planejamentos exagerados, necessidades emocionais que variam conforme se intensifica a ansiedade. Sendo que, se a ansiedade sair do controle, a administração da convivência pode se tornar complexa.
Para lidar com isso de maneira mais consciente, redigi 13 coisas para você se lembrar na convivência com alguém que você ama, mas que é muito ansioso.

1. Eles são mais do que apenas a sua ansiedade

Ninguém gosta de ser definido por um único atributo de si mesmo. Se você realmente quiser ser solidário com alguém com ansiedade, lembre-o de que você aprecia o indivíduo por trás da ansiedade. Reconheça que ele é mais do que apenas a sua ansiedade.

2. Eles podem se cansar facilmente

A ansiedade é desgastante. Parece que, de maneira geral, as únicas pessoas que entendem realmente o quanto a ansiedade pode ser cansativa são pessoas que também sofrem de ansiedade. A ansiedade faz com que as pessoas vivam em estado de alerta, estejam sempre tensas. O corpo está sempre preparado para reações rápidas, como se algo fosse acontecer e esse estado de constante alerta causa fadiga. (Sabe quando brincamos e dizemos que parece que um trem nos atropelou?)
Pense em uma semana em que você esteve realmente sobrecarregado e estressado. Naqueles dias em que você já acorda pensando quando terá uma pausa. Pois é, assim são os dias das pessoas muito ansiosas.

3. Eles podem ficar facilmente sobrecarregados

Seguindo na linha de raciocínio do tópico anterior,  a pessoa que permanece em estado de alerta constante pode se sentir totalmente devastados por causa disso. Eles estão atentos a tudo o que está acontecendo ao seu redor. Cada ruído, cada ação, cada cheiro, cada luz, cada pessoa, cada objeto. Para alguém que vive num estado de hiper-alerta, uma situação que não parece grave (por exemplo, várias pessoas falando em um mesmo quarto) pode fazer sua cabeça a girar.
Quando você pensar em incentivar alguém com ansiedade para ir a algum lugar, basta ter em mente que os estímulos que você gosta podem facilmente ser esmagadores para eles. Certifique-se de que eles sabem que podem sair e que são capazes de fazê-lo a qualquer momento.

4. Eles são bem conscientes de que sua ansiedade é muitas vezes irracional

Estar consciente da irracionalidade dos próprios pensamentos não impede que eles aconteçam.
Uma das piores coisas sobre a ansiedade é o quão consciente sua própria irracionalidade pode ser. Lembrar que os pensamentos são irracionais não ajuda – quem sofre com a ansiedade já sabe disso. O que qualquer pessoa doente precisa  é de compaixão, compreensão e apoio – muito raramente eles precisam de conselhos sobre o quão irracional e sem sentido é sua ansiedade.

5. Eles podem falar sobre como se sentem (basta que você ouça)

Sofrer com sintomas patológicos da ansiedade não impede a pessoa de se expressar ou comunicar. (A menos que eles estejam em uma crise de pânico.)

6. Eles não precisam de alguém constantemente perguntando “Você está bem?”, principalmente se for um caso em que a pessoa apresente sintomas de pânico

Pense comigo, quando você vê alguém em pânico e você sabe que essa pessoa sofre com ansiedade, você realmente precisa perguntar: “você está bem?”
Você já sabe a resposta. Seu coração está batendo um milhão de milhas por hora, suas mãos estão suando, sentem aperto no peito, seus membros estão vibrando de toda a adrenalina e sua mente acaba afundado “luta ou fuga” resposta do sistema límbico (área responsável pelas emoções no cérebro). Honestamente? Parte deles provavelmente acha que eles está morrendo. Então, ao invés de perguntar “Você está bem?” Tente algo um pouco mais útil e construtivo. Bons exemplos seriam:
“Lembre-se de sua respiração”
“Lembre-se
“Você gostaria de que eu o ajudasse a ir a algum lugar mais silencioso / seguro / mais calmo?”
“Eu estou aqui se precisar de mim.”
“Você está entrando em pânico, isso não vai durar. Você já passou por isso antes e acabou. Logo vai acabar de novo.”
E, se eles pedirem para que você os deixe sozinhos, deixe-os. Eles são experientes em lidar com sua ansiedade; deixá-los passar por isso sozinhos pode ser uma opção pessoal.

7. Eles apreciam que você se mantenha próximo,

Quem sofre com sintomas ansiosos sabe o quanto a convivência com sua própria pessoa pode ser difícil e, quando bem vindo, seu apoio não passará desapercebido.

8. Eles podem achar que é difícil “deixar para lá”

Em um ansioso, mais do que em pessoas com uma ansiedade bem regulada, o cérebro normalmente se esforça para fazer ligações entre uma lembrança traumática e a situação atual  e é isso que os deixa hiper-alertas.
Quando o cérebro fica preso neste ciclo em uma ansiedade prolongada, deixando de lado praticamente qualquer coisa pode ser uma tarefa difícil. Pessoas com ansiedade nem sempre conseguem  “deixar para lá”, seu cérebro não vai deixá-las, por isso, a luta é sempre tão grande para mudar de foco.

9. Eles podem encontrar muita dificuldade para conseguir mudanças (mesmo que esperem por elas)

Todo mundo tem uma zona de conforto, ansiosos ou não. Sair de sua zona de conforto pode ser difícil para qualquer um, por isso, para as pessoas com ansiedade isso pode ser ainda mais desafiador.
Apenas lembre-se de ter um pouco mais de paciência e compreensão para aqueles com ansiedade. Eles estão tentando, eles realmente são.

10. Eles não estão (sempre) te ignorando intencionalmente

Parte de gerenciamento de ansiedade está no controle do monólogo interior que vem com ela. Às vezes, isso pode ser um ato que demanda muita atenção. As coisas mais banais podem desencadear padrões de pensamentos obscuros para aqueles que lidam com a ansiedade. Se de repente eles se desligam da conversa, há uma boa chance de que estejam pensando sobre algo que acabou de ser dito ou mesmo que eles eles estejam tentando acalmar seus pensamentos. Ambos demandam imensa concentração.
Eles não estão ignorando você intencionalmente. Eles estão apenas tentando não ter um colapso mental na sua frente. Você não precisa perguntar “você está bem?” E você, especialmente, não precisa perguntar  sobre o que você acabou de dizer. Se é importante, tente gentilmente trazê-lo de volta ao assunto quando ele estiver mais atento.
Sua mente pode ser uma zona de guerra, às vezes. Eles vão cair fora das conversas inesperadamente e eles vão se sentir mal para fazê-lo se perceberem. Tranquilize-os de que você compreende e garanta que eles já entendeu a essência do que foi discutido, especialmente se o assunto envolver lidar com alguma responsabilidade ou compromisso.

11. Eles não estão sempre presentes

Como mencionado no ponto anterior, eles não são sempre presente em uma conversa, mas não são só conversas que podem desencadear essa reação. Eventos diários podem fazer com que a pessoa se perca em contemplação em algum ponto ou outro, mas para aqueles com ansiedade quase tudo pode servir como um gatilho contemplativo. Eles vão recuar para as profundezas de sua mente com bastante regularidade e provavelmente você vai notar a expressão vaga em seu rosto.
Gentilmente incentive-os a voltar à realidade regularmente. Lembre-os sobre onde eles estão e sobre o que estão fazendo (não literalmente, eles estão ansiosos – eles não têm perda de memória de curto prazo).

12. Eles nem sempre veem a ansiedade como uma limitação (nem devem!)

Não há problema em ser uma pessoa ansiosa. A ansiedade é uma característica humana relacionada a nosso direcionamento de atenção, energia e segurança.
Lembre-se que parte de sua personalidade é a ansiedade.

13. Eles são incríveis!

Assim como todas as pessoas na Terra, eles são incríveis! (É por isso que você os ama, certo?) É muito fácil ficar focado na desgraça e tristeza de qualquer problema, especialmente os que envolvem a saúde mental, mas parte da superação é lembrar da grandiosidade que veio antes e virá após a remissão do excesso dos sintomas.

Mantenha isso em mente e toda a sua experiência pode ser muito mais fácil – em seguida, novamente, não pode ser qualquer um. Nós somos seres humanos únicos. O que funciona para um pode não funcionar para outro, mas há uma coisa que sempre funciona: compaixão amorosa. Se você não aproveitar nada do presente artigo, apenas lembre-se do que sente pela pessoa querida que sofre e tenha compaixão.