Sindrome do Pânico e suas manifestações.
As causas exatas dos ataques de pânico são ainda desconhecidas, mas existem fatores que desencadeiam ou agravam esta ocorrência e que podem ser catalogados como físicos e psicológicos.
No aspecto biológico, acredita-se que os portadores da síndrome apresentem um desequilíbrio entre neurotransmissores, como a serotonina e a noradrenalina, que atuam sobre o Sistema Nervoso Central.
Uma outra possibilidade é que o organismo se “convence” de um modo errado, de que realmente está sufocado, por exemplo, e, conseqüentemente, produza mecanismos para se defender. Sempre que o nosso cérebro percebe um perigo, ele envia uma mensagem que ativa uma espécie de alarme de proteção ou sistema de alerta, que prepara o nosso corpo para brigar ou fugir, exigindo que todo o organismo mobilize energia para entrar em ação. As crises, portanto, parecem ter origem na deflagração deste mecanismo de defesa, sem que haja efetivamente um motivo para isto.
No aspecto psicológico, na maioria das vezes, as crises podem ser desencadeadas por episódios estressantes como a morte de uma pessoa da família, divórcio ou separações.
Os ataques de pânico podem ser eficazmente tratados. Em função de produzir alterações físicas e psicológicas, há dois tipos de tratamentos disponíveis, o medicamentoso e o psicoterapêutico, que podem ser usados simultaneamente.
A psicoterapia auxilia o indivíduo na mudança de seus conteúdos mentais e dos seus padrões de conduta, ajudando-o a prevenir o aparecimento dos sintomas.
Os medicamentos prescritos atuam diretamente sobre o sistema neurotransmissor, bloqueando as crises de pânico. Qualquer que seja a medicação prescrita é importante que ela seja suspensa apenas por determinação médica.
O mais importante, no entanto, é que o paciente acredite que os ataques de pânico podem ser perfeitamente controláveis, desde que se siga com tranqüilidade, confiança e persistência as orientações instituídas pelo(s) profissional(is) responsável(is).
Indispensável esclarecer que, embora a gravidade da crise, o distúrbio do pânico não leva o paciente à morte, apesar de dar-lhe esta estranha e dolorosa sensação.