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15/08/2017
Especialistas
explicam porque as inseguranças, medos e sobrecargas do dia a dia podem deixar
o corpo cheio de dores
Você já
parou para pensar se aquela dor nas costas ou a dor de cabeça
persistente possa ter origem no seu estado emocional? Sim, isso é possível
acontecer, como explica a psicóloga Rita Calegari, da Rede de Hospitais São
Camilo de São Paulo: "Nosso corpo é um sistema único - a parte física e a
emocional não estão desassociadas uma da outra - o que afeta o corpo mexe na
emoção, o que afeta a emoção, mexe no corpo".
A dor funciona
como um mecanismo do corpo para passar uma mensagem, mostrar que algo não vai
bem. "Sem a dor, nós prejudicaríamos muito mais nosso organismo pelo
simples descuido. Imagine as luzes do painel do carro que mostram quando a
gasolina chegou na reserva, quando o motor está superaquecido, o óleo baixo, etc.
Esse recurso mostra a tempo o que deve ser corrigido antes de nos colocarmos em risco. A dor é o nosso
'sinal luminoso' para prestarmos atenção", conta Rita.
Quando a
causa de uma dor é investigada, o especialista avalia vários sistemas que podem
influenciar no seu surgimento. Por meio de exames, as possibilidades vão sendo
descartadas até que se chegue ao diagnóstico. "Doenças podem ter diversas
origens: vírus, bactérias, hereditariedade, processos inflamatórios, acidentes,
alergias, poluição, má alimentação, mau uso de medicações e também estados
emocionais nocivos. Somente uma boa consulta médica irá diagnosticar a causa da
dor com segurança", reforça a psicóloga.
Como o
estado emocional pode influenciar na saúde?
Na presença
do estresse, os músculos ficam tensos, causando dores específicas. A
tensão, por sua vez, aumenta o cortisol no sangue, alterando o ritmo cardíaco.
"Tudo isso altera o organismo de uma forma geral, inclusive a musculatura,
ficando tensionada e refletindo-se em dor. Além disso, a pessoa com alteração emocional
e deprimida tende a manter uma postura errada e acaba não realizando exercícios,
ocasionando assim dores musculares", ressalta Carlos Górios, ortopedista
da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
O processo
inflamatório desse tipo de dor é diferente da reação do corpo após um trauma
físico. "O processo inflamatório causado por fatores emocionais está
relacionado a alterações hormonais e erro de postura, enquanto que no outro
caso pós-traumático ocorre uma resposta fisiológica do organismo ao dano
tecidual ou alguma outra situação, como infecção. Esse envolve células do sistema
imune, levando a vasodilatação como resposta vascular, aumento da
permeabilidade vascular levando à edema, aumento da pressão do tecido causando
dor", explica Górios.
Como essas
dores se manifestam
A região
cervical, torácica e principalmente a lombar são as mais afetadas. Isso se dá
porque a coluna é responsável pela sustentação do corpo e por isso as costas
acabam recebendo uma carga maior em situações de estresse e alterações do
emocional.
"Outro
músculo que pode ser afetado é o músculo psoas, que liga a coluna vertebral às
pernas. Em situação de alteração emocional, com descarga de adrenalina, esse
músculo é tensionado, dificultando a postura e causando dor nas costas. Essa
região é chamada de 'músculo da alma', segundo a medicina oriental",
revela ele.
A psicóloga
destaca que a tensão emocional pode ser provocada pelos mais diversos âmbitos
da vida, como trabalho, casamento, família, entre outros. "Alterações no
ciclo vital, como mudanças nas fases comuns da vida, mas que acarretam
sofrimento, como a morte de alguém querido, também são capazes de criar essas
dores", conta Rita. Confira algumas dores que podem surgir por causa do
seu estado emocional e os motivos comuns que podem desencadeá-las, de acordo
com a psicóloga:
1. Dor de
cabeça
Tensão
emocional e muitas preocupações. Pessoas que pensam demais e realizam pouco.
Amargura com alguma recordação de eventos passados, entre outros.
2. Dor no
pescoço/nuca
Forte
tensão emocional, conflitos entre a razão e os sentimentos, entre outros.
3. Dor nos
ombros
Sobrecarga
de tarefas, tensão emocional, timidez, medo, insegurança, entre outros
4. Dor nas
costas
Medo,
desamparo, insegurança, sobrecarga de tarefas, tensão emocional, entre outros.
5. Dor na
lombar
Sobrecarga
de tarefas, tensão emocional, medo, insegurança, entre outros.
6. Dor nas
mãos
Sobrecarga
de tarefas, tensão emocional, medo, insegurança, entre outros.
7. Dor nas
articulações
Sentimento
de impotência, grande tensão emocional, medo e tristeza. Rigidez de
pensamentos, inflexibilidade, entre outros.
8. Dor
muscular
Tensão,
energia acumulada, tristeza, medo, raiva, conflitos existenciais, entre outros.
9. Dor de
estômago
Tensão,
irritabilidade, conflitos insolúveis, mágoa, raiva, nervoso, entre outros.
10. Dor nos
quadris
Sobrecarga
de tarefas, tensão emocional, medo, insegurança, entre outros.
11. Dor nos
joelhos
Sobrecarga
de tarefas, tensão emocional, medo, insegurança, entre outros.
Formas de
tratamento
A terapia
desse tipo de dor deve contar com uma abordagem multidisciplinar, que pode
incluir médico, psicólogo, fisioterapeuta, educador físico, além de outros
profissionais. "O tratamento medicamentoso inclui analgésicos e
anti-inflamatórios, 'antidepressivos' (que na verdade seriam melhor denominados
como moduladores de serotonina e noradrenalina), anticonvulsivantes e
opióides", conta a psiquiatra Milene Busoli. Ela também destaca a
atividade física como um fator essencial para a recuperação. "Em geral,
atividades na água, pilates ou atividades mais intensas, desde que
supervisionadas. Outros tratamentos incluem fisioterapia, acupuntura e
massagem. A terapia em geral visa a adaptação e aceitação do quadro, e
enfrentamento dos medos relacionados a atividade, retorno ao trabalho, bem como
a sensação de culpa e inadequação", finaliza.
Fonte: http://www.minhavida.com.br/
08/08/2017
Padre Fábio de Melo revela estar com Síndrome do Pânico
16:47 Neusa Carmo
Sempre alegre nas redes sociais, padre Fábio de Melo revelou,
nesta terça-feira (8), estar passando por um momento bastante difícil em sua
vida pessoal. O religioso contou que foi acometido pela Síndrome do Pânico.
"Eu sou
extremamente aberto a contar minhas fraquezas. Não tenho medo da minha
humanidade”, afirmou durante o "No Ar" - programa de Otaviano Costa
na Rádio Globo.
O famoso também deixou claro acreditar que o
problema de saúde seja reflexo das funções que desempenha como líder
espiritual. “Eu sei que eu sou afetivamente exigido o tempo todo. Faz parte do
meu trabalho, eu sei, as pessoas, quando elas se aproximam de mim, elas chegam
muito afetuosas, muito cheias de histórias, e é claro que é um desgaste
natural, um desgaste emocional natural de tudo aquilo que eu faço.”
O padre também aproveitou a oportunidade para
comentar seu sucesso na internet. "Eu gosto dos personagens que me ajudam
no Snap, me ajudam no Instagram a dizer o que nem sempre eu posso diretamente
dizer. Mas eu sou eu. Eu não me escondo atrás de ninguém. Eu gosto dessa
verdade. A autenticidade é a fatura que a gente tem que pagar com gosto todos
os dias”, avaliou.
Fonte: Famosidades
05/08/2017
Despersonalização e Desrealização esta associado a Ansiedade e Síndrome do Pânico
15:57 Neusa Carmo
A despersonalização e desrealização são sintomas que podem surgir associados ao pânico/ansiedade/medo e pertencem a um grupo de sensações/sentimentos conhecidos por Dissociação.
Existe uma escala que avalia o grau de dissociação que varia numa pontuação entre 0 e 10. Por exemplo algumas das pessoas com perturbação de pânico obtêm nesta escala valores entre 4 e 5. Muitas pessoas com ataques de pânico afirmam que os ataques começam com a experiência de despersonalização e/ou desrealização.
As sensações de dissociação são muitas e variadas.
Sensações dissociativas:
-sensibilidade à luz e ao som
- visão em túnel
- sensação de que o corpo aumentou, sentido-o maior que o normal
- sentir que o corpo diminuiu a proporções mínimas
- objetos parados parecem mexer-se
- estar a guiar no carro e aperceber-se que não se lembra de uma parte ou da totalidade da viagem
- estar a ouvir alguém a falar e aperceber-se de que não ouviu nada ou partes do que a outra pessoa disse
- por vezes “ficar a olhar para o espaço” e não ter a noção de que o tempo passou
Atenção: muitas destas sensações dissociativas são normais. Elas só constituem problema quando influenciam a vida da pessoa causando desconforto e/ou problemas emocionais/psicológicos.
Compreender os sentimentos e sensações de despersonalização e desrealização
As pessoas que sentem despersonalização/desrealização sentem-se divorciadas tanto do mundo como do seu próprio corpo. Geralmente as pessoas alegam sentir “que a vida é vivida como se tivessem num sonho”; as coisas parecem irreais, desfocadas; há quem diga que se sente separado do seu próprio corpo. Outra característica desta condição poderá incluir pensamentos “estranhos” ou uma constante preocupação das quais as pessoas acham difícil “desligar”.
Em seguida transcrevo um texto escrito por Paul David (2009) relativo às sensações e sentimentos de despersonalização/desrealização:
“É como se as pessoas por mais que tentem, sentem que não conseguem lidar bem com o mundo à sua volta. Sentem-se distanciadas daquilo que as rodeia, sendo difícil falarem e ligarem-se a outras pessoas. Podem sentir que já não nutrem sentimentos por outras pessoas que lhes são próximas. A pessoa parece que já não se sente como normal e isso pode custar muito a quem passa por esta experiência.
A despersonalização é em muitos casos um sub-produto da ansiedade, uma vez que as pessoas engrenam por um caminho de preocupações, medos, receios e constante vigília sobre aquilo que pensam, sentem ou fazem. Há uma auto-consciencialização das coisas enorme, fazendo assim com que a pessoa se sinta absorta aos seus próprios processos internos. É extremamente frequente as pessoas sentirem medo de poderem ficar loucas, perder o controle, mas não - não vão ficar loucas ou perder o controlo. Este estado surge por estar constantemente preocupado(a) em relação aos seus problemas. A despersonalização/desrealização não faz mal por si só, não é perigosa nem constitui uma perturbação grave. É natural que as pessoas poderão ser mais ou menos afetadas consoante o tipo de situação, ansiedade e contexto em que se inserem, mas com paciência e compreensão esta sintomatologia passa.
A despersonalização ocorre com a ansiedade porque você está tão habituado(a) a observar-se a si mesmo(a), a questionar o que tem, dia sim-dia sim que começa a sentir-se afastado do mundo exterior. A sua mente tornou-se mais “cansada” e menos resiliente (facilidade para ultrapassar obstáculos, resistência emocional e psicológica) pois aquilo que faz é observar e preocupar-se com todos os seus sintomas. É como se a mente tivesse sido bombardeada com pensamentos de preocupação e se torna-se fatigada. Quando a mente se cansa psicologicamente e emocionalmente sentimos estes estranhos sentimentos de distanciamento do mundo à nossa volta e de nós mesmos, experienciando um estado de pseudo-sonho. É aí que podemos começar a convencer-nos de que estamos a piorar, a ficar loucos, que estamos a perder o controlo. Mas não estamos a enlouquecer, a nossa mente é que está tão cansada que nos pede uma pausa, um descanso de toda esta introspeção, análise interna e absorção.
Quando as pessoas dão por elas no ciclo da preocupação/ruminação começam a pensar profundamente e constantemente, é um ciclo. Estudam-se em profundidade, verificando, observando e concentrando-se nos seus sintomas. Até podem acordar de manhã apenas para continuar este hábito “Como é que eu me sinto hoje de manhã?” “Será que consigo sentir-me bem durante o dia?” “Que nova sensação é esta que eu sinto?” Isto pode durar todo o dia, provocando assim um cansaço adicional ao que já existe na nossa mente. Esta constante verificação e observação dos seus sintomas torna-se então um hábito, mas tal como todos os outros hábitos, este também pode ser mudado.
Ruminação, preocupação, receios; ficamos tão preocupados acerca do modo como nos sentimos que não pensamos em mais nada. É de espantar que se sinta tão distanciado e afastado daquilo que o(a) rodeia? É de espantar que não se consiga concentrar?
Algumas pessoas quando estudam para os exames durante horas a fio, chegam ao ponto em que já não conseguem assimilar informação por isso fazem uma pausa e continuam no dia seguinte. Para si não há cá pausas ou time-outs.
O que muitas pessoas não sabem é que a despersonalização pode ocorrer em pessoas sem ansiedade ou questões de pânico. Pode acontecer quando alguém perdeu uma pessoa que ama, quando se tem um acidente de viação, ou um choque emocional de qualquer tipo recente. É um mecanismo de defesa, é como se fosse o modo que o corpo encontra para nos proteger de toda a preocupação ou mágoa que possamos estar a sentir. Isto normalmente é temporário e quando a pessoa que está em luto ultrapassa alguma da sua mágoa, a despersonalização diminui e/ou desaparece.
O problema com a ansiedade é que as pessoas que sofrem dela têm uma tendência para se preocupar e a despersonalização surge como proteção a todo este stress e preocupação diária. As pessoas podem então sentir-se distanciadas, distantes, vazias, sem emoções. O que acontece nessa altura é que as pessoas começam a preocupar-se e a obcecar sobre este novo sentimento, pensando que é algo sério e grave, ou que poderão enlouquecer. Até poderão mesmo “esquecer” a sua ansiedade e focarem-se apenas neste novo sentimento o que poderá fazer com que estes sentimentos e sensações aumentem. A desrealização cresce à medida que entramos no ciclo de preocupação e medo e por isso o nosso corpo protege-nos destes sentimentos cada vez mais, fazendo-o(a) sentir-se mais distanciado(a) e distanciado(a). É esta preocupação e medo sobre estas sensações e sentimentos que o(a) mantêm no ciclo.
A maneira de ultrapassar a despersonalização não é preocupar-se ou obcecar acerca dela, mas dando-lhe espaço, dando-lhe o espaço necessário e não se sentir “dominado(a)” ou “arrebatado(a)” por ela. Ver a despersonalização como um mecanismo que o corpo encontra para nos proteger e não como um sinal de que algo terrível irá acontecer ou que poderá enlouquecer. Este sintoma é como qualquer outro e quanto mais se preocupa ou obceca acerca dele maior o problema se poderá tornar e mais tempo poderá manter-se no ciclo.”
Paul David,2009.
Tratamento: Consulte seu médico. Há bons resultados com psicoterapia e medicamentos.
Fonte:http://www.terracalma.com/index.php/sintomas/despersonalizacao-e-desrealizacao
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